Durante a semana pude conferir três filmes estrelados por Donnie Yen, dois recentes de 2010 e um mais antigo. Eis o meu mini ranking:
1º Lugar: O grande mestre 2 (Ip Man 2) de 2010
2º Lugar: Lobo - O Assassino (Legend of the wolf) de 1997.
3º Lugar: Legend of the Fist: The Return of Chen Zhen de 2010.
Cadenciando bem momentos de ação e drama, história real e ficção em Ip Man 2, o diretor
Wilson Yip consegue manter a mesma qualidade do primeiro filme. Trama mais simples, porém muito eficiente. Agradável de ver do início ao fim. Que
Sammo Hung estaria presente eu já sabia (no primeiro filme ele atuou somente como coreógrafo), a surpresa foi ver
Hak Ong Fung fazendo uma ponta. Segundo a
Califórnia Filmes, através de seu SAC, em breve O grande mestre 2 estará nas locadoras.
Leia essa crítica de Heráclito Maia sobre
Ip Man 2 e
essa de Erick Onari.
"Lobo - O Assassino" traz direção geral de Donnie Yen, é o seu primeiro trabalho nessa categoria, e o astro se sai muito bem, apesar do foco ser a ação ininterrupta, possui uma história interessante, contada de forma pouco convencional para a produção da época. A porradaria é um exagero, delirante e muito divertida.
Leia esta resenha de Rubens Ewald Filho sobre
Legend of the wolf.
Legend of the Fist: The Return of Chen Zhen não tem só o titulo mais comprido, como também é o mais caro, tem nomes de peso na produção como o diretor
Andrew Lau e o produtor
Gordon Chan, portanto teve acesso mais fácil ao badalado
Festival de Veneza deste ano. No elenco:
Anthony Wong,
Shu Qi, já são bem conhecidos no ocidente. Tudo isso me encheu de grandes expectativas, porém não fiquei tão satisfeito.
O visual impressiona e a sequência inicial em que Donnie Yen (como Chen Zhen) aparece metendo porrada em seus inimigos durante a primeira guerra mundial (na França!) é adrenalina pura. Ele mescla o estilo empregado em
Flash Point em enquadramentos de câmeras mais rápidos.
Chen Zhen volta à Xangai para combater militares japoneses, assumindo uma outra identidade. Ele passa a apoiar grupos de resistência e um jornal, denunciando abusos e planos de ocupação do exército japonês sobre a China. Chen Zhen se abriga no "Casa Blanca", o maior clube noturno da cidade, propriedade de Liu Yutian (Anthony Wong), o irmão mais velho de seu amigo, do qual Chen Zhen agora assume a identidade.
No clube, o herói observa a movimentação dos caras mais poderosos de Xangai, empresários europeus e militares japoneses. Faz amizade e se apaixona por Kiki (Shu Qi) - a dançarina e cantora da boate, que na verdade é uma espiã a serviço dos japoneses (ops! será spoiler?). Bom, mas o problema é que o filme se perde um pouco nestes momentos de jogos de espionagens e em cenas mais dramáticas. Faltou o equilíbrio encontrado em Ip Man.
Não contei ainda que Chen Zhen se disfarça de Kato (o assistente de Besouro Verde) para combater os vilões durante a noite. As lutas caprichosamente coreografadas por Donnie Yen ficaram excelentes, mas podia ser melhor explorado se The Legend of the Fist... fosse inteirinho assim, sobre o herói mascarado. É aí que mora o erro no trabalho de Andrew Lau: ele tenta botar muita coisa num filme só, aí os gêneros se confundem e comprometem a diversão.
Achei o duelo final curto demais e antes que alguém diga que foi inspirado em Fist of Fury com Bruce Lee, na realidade não foi. É uma continuação de
Fist of Fury - a série, estrelado pelo próprio Donnie Yen em 1995.